A construção da Barragem do Rio Miringuava integra o Plano Diretor de Abastecimento de Água da Região Metropolitana de Curitiba, no município de São José dos Pinhais. O empreendimento foi subdividido em duas fases, sendo a Fase I que contempla o maciço e a Fase II que contempla o lago/reservatório e as estradas vicinais (novos acessos). A Fundação Aroeira ficou responsável pela pesquisa arqueológica e Educação Patrimonial da Fase II do empreendimento, que abrange à área do alagamento e a edificação das novas estradas de acesso.
A área prevista de inundação corresponde a 430,67 hectares, e a bacia de drenagem que formará o reservatório está localizada, em sua totalidade, no município de São José dos Pinhais, região Metropolitana de Curitiba, Paraná. O principal curso d’água da bacia é o Rio Miringuava, afluente direto do rio Iguaçu, com sua nascente situada em uma área de transição entre a Serra do Mar e o Primeiro Planalto Paranaense, na localidade de Antinha, e tem sua foz localizada na Colônia Zacarias.
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), órgão responsável pela preservação e criação de políticas destinadas para a preservação do patrimônio cultural brasileiro, exige que antes e durante a construção de um empreendimento de grande impacto a pesquisa arqueológica, sejam desenvolvidas medidas que protejam o patrimônio. No caso da área de abrangência do alagamento da Barragem do Rio Miringuava, a partir da Portaria nº 230 IPHAN, de 17 de dezembro de 2002, foram desenvolvidas medidas que visaram reconhecer e proteger o patrimônio cultural brasileiro, bem como a sensibilização da comunidade sobre a relevância deste trabalho.
Foram executados os Projetos de Diagnóstico e Prospecção Arqueológica e o Projeto de Resgate e Educação Patrimonial na área de alagamento da Barragem do Rio Miringuava. Esses projetos tiveram como objetivo identificar e proteger o patrimônio cultural da Área Diretamente Afetada (ADA) pela construção da Barragem do Rio Miringuava, salvaguardando os patrimônios arqueológicos dessa região. Foram realizadas pesquisa in loco sobre os patrimônios culturais de São José dos Pinhais e atividades educativas nas Colônias localizadas próximas ao empreendimento, no intuito de informar sobre as ações necessárias quando em contato com os vestígios arqueológicos.
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